domingo, 12 de outubro de 2008

Crise Econômica Mundial


Após momentos de grande tensão, longa espera, turbulências e apreensão do mercado, o Senado dos Estados Unidos aprovou uma nova versão do pacote de socorro financeiro para tampar o buraco da grande crise que o país enfrenta atualmente. O custo total foi ampliado de US$ 700 bilhões para US$ 850 bilhões.



Segundo especialistas em economia, se por um lado à crise provoca grandes prejuízos, por outro traz consigo um poder transformador, capaz de modificar as relações e estruturas econômicas mundiais. Segundo o FMI, a situação atual de estresse financeiro é uma das mais intensas já experimentadas pelos EUA e uma das mais espalhadas, afetando praticamente todos os países.



A crise financeira dos Estados Unidos já levou R$ 513 bilhões em valor de mercado das empresas brasileiras na Bolsa em 2008. O levantamento feito pela Consultoria Economática, aponta que só a Vale e a Petrobras encolheram R$ 85 bilhões cada uma na Bolsa neste ano. Os efeitos da crise, porém, já são sentidos em alguns segmentos de economia real com a diminuição das linhas de crédito ao redor do mundo e aumento dos juros para financiamentos. No Brasil isso é especialmente prejudicial ao setor exportador.



Mesmo a Bolsa não estando estável, Ninguém deve ganhar com a crise financeira internacional. No Brasil, embora o país esteja muito mais preparado do que no passado para enfrentar turbulências externas, os efeitos já são sentidos nos mercados de capitais e financeiro. E para 2009, é esperado um crescimento mais modesto da economia real.

sábado, 4 de outubro de 2008

Violência Sexual

Existem quatro categorias distintas de violência sexual: Pedofilia, estupro, assédio sexual e exploração sexual profissional. Em todas elas, existe necessidade de tratamento tanto dos abusadores, quanto das vítimas. Não é raro ocorrer que a vítima torne-se um abusador no futuro.



A Pedofilia é um transtorno parafílico, onde a pessoa apresenta fantasias e excitação sexual intensa com crianças, efetivando a prática sexual com sentimentos de angústia e sofrimento. O abusador tem no mínimo 16 anos de idade e é pelo menos cinco anos mais velho que a vítima. O abuso ocorre em todas as classes sociais, raças e níveis educacionais. A grande maioria de abusadores é de homens, mas suspeita-se que os casos de mães abusadoras sejam sub-diagnosticados. O sexo praticado com crianças geralmente é oro-genital, sendo menos freqüente o contato gênito-genital ou gênito-anal. As causas do abuso são variáveis. O molestador geralmente justifica seus atos, racionalizando que está ofertando oportunidades à criança de desenvolver-se no sexo, ser especial e saudável, inclusive praticando sexo com a permissão delas. Pode envolver-se afetivamente e não ter qualquer noção de limites entre papéis ou de diferenças de idade. Devido ao fato de abuso de menores ser um crime, o tratamento do abusador torna-se mais difícil. As conseqüências emocionais para a criança são bastante graves, tornando-as inseguras, culpadas, deprimidas, com problemas sexuais e problemas nos relacionamentos íntimos na vida adulta.



O Estupro é o ato de constranger a mulher à conjunção carnal, mediante violência ou grave ameaça. O estuprador é sempre homem e tem sentimentos odiosos em relação às mulheres, sentimentos de inadequação e insegurança em relação a sua performance sexual. Pode apresentar desvios sexuais como o sadismo ou anormalidades genéticas com tendências à agressividade. A vítima normalmente é estigmatizada, havendo uma tendência social de acusá-la direta ou indiretamente por ter provocado o estupro. Sente-se impotente até mesmo em delatar o estuprador, que muitas vezes é alguém já conhecido, sentindo-se muito culpada e temerosa de represálias. Muitas vezes, pode sentir que o estupro não foi um estupro, que foi uma atitude permitida por ela e de sua responsabilidade. Tal atitude dificulta o delato do crime. Os sentimentos de baixo auto-estima, culpa, vergonha, temor, tristeza e desmotivação são comuns. O tratamento da vítima consiste em conscientizá-la de que o estupro foi um ataque sexual, um crime, envolvendo pessoa conhecida ou mesmo uma pessoa desconhecida com a qual a vítima possa ter marcado um encontro às escuras.



O Assédio Sexual inclui uma aproximação sexual não-permitida, uma solicitação de favores sexuais ou qualquer conduta física ou verbal de natureza sexual. Existem leis que protegem as pessoas de preconceitos sexuais, tomando-se por base de tais situações. Existem dois tipos de molestamento: quando existe uma pressão sobre a vítima para esta prestar algum favor sexual ou se submeter de alguma forma por estar hierarquicamente abaixo ao molestador. Também, quando há uma pressão para a vítima sentir-se em um ambiente desagradável por ser de seu sexo específico. Por exemplo, uma mulher ser hostilizada por ser uma mulher em um determinado ambiente de trabalho, fazendo com que se sinta tão mal a ponto de ter de abandonar o emprego ou permanecer nele com sofrimento. O tratamento para essas vítimas consiste em ajudá-las a tomar medidas legais contra o molestador, treinando-as para identificar quando estão sendo submetidas a esse tipo de abuso.



A Exploração Sexual Profissional ocorre quando há algum tipo de envolvimento sexual entre uma pessoa que está prestando algum serviço e um indivíduo que procurou a sua ajuda profissional. Pode ocorrer em todos os relacionamentos profissionais nos quais haja algum tipo de poder de um indivíduo sobre o outro. Exemplos são relações como a do médico-paciente, psicólogo-paciente, advogado-cliente, professor-aluno e clérigo-paroquiano. É sempre muito difícil tratar um paciente que foi explorado por um médico ou terapeuta. Há uma incapacidade da vítima para confiar novamente, impossibilitando a aliança terapêutica, extremamente necessária para desenvolver o relacionamento saudável médico-paciente e a obtenção de sucesso no tratamento. O profissional abusador também enfrenta muitas dificuldades no seu próprio tratamento. Geralmente busca ajuda somente quando foi delatado e indiciado. Existem ainda poucos serviços especializados e direcionados ao tratamento dessas situações.

Tais violências não podem ficar impunes, cabe a pessoa agredida ou os familiares dela a coragem de denunciar o agressor, pois o silêncio só faz com que a violência sexual continue aumentando cada dia mais.